Halitose, o monstro do mau hálito.
- dentistajafet
- 15 de jan. de 2019
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Já sabemos que a higiene bucal inadequada é um agravante para o problema, pois permite que restos de alimentos se acumulem entre os dentes, na língua e na gengiva. Essa concentração de resíduos faz com que as bactérias que já existem naturalmente na boca dissolvam as partículas de alimentos e, assim, liberem substâncias com forte odor.
Outro fator que acarreta halitose é a chamada saburra lingual, camada branco-amarelada que se deposita na superfície da língua. Formada por restos de comida, bactérias e células descamadas da boca, a saburra em si é um acontecimento normal. Só que, quando se acumula e permanece no fundo da língua, passa a representar uma encrenca. As bactérias presentes ali se aproveitarão dos resíduos alimentares e, durante esse processo, soltarão enxofre, um gás de cheiro intenso, a placa bacteriana (ou biofilme), que se forma naturalmente na boca, é outra condição que contribui para o mau hálito, daí a necessidade de removê-la frequentemente com a escovação e o uso do fio dental.
Outros problemas que afetam a gengiva e os dentes, caso da periodontite, também são causa de halitose. Tem mais uma situação que colabora para o surgimento do odor ruim: a boca seca. É que a saliva ajuda na remoção de partículas e resíduos na região. Essa característica pode ser causada pela utilização de alguns remédios, cigarro e até pelo fato de dormir com a boca aberta. Estresse, dietas restritivas e mudanças hormonais também concorrem a favor do mau hálito. O diagnóstico no consultório do dentista é feito primeiramente por meio de uma análise da boca do paciente e de seu histórico. Também podem ser realizados exames que medem a quantidade e a qualidade da saliva (sialometria), a quantidade de enxofre exalada na respiração, a presença de ronco e de apneia.
Entretanto, a realização de todos esses exames não substitui o mais importante: a checagem do hálito pelo olfato humano. Por isso, o cirurgião-dentista tem de avaliar, por meio de seu olfato, o hálito do paciente. Essa checagem é chamada teste organoléptico. Ainda hoje é considerado o método mais confiável e seguro. Atualmente, os tratamentos vão desde a adoção de uma dieta balanceada até mesmo o uso de laserterapia e eletroterapia, técnicas que regeneram a função das glândulas salivares.
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